Lembro bem na minha infância das longas reportagens sobre os flagelados da seca no nordeste, os retirantes que migravam para a capital e enchiam a cidade nos periodos de seca estavam lá. A seca marcou bastante a menina da capital, onde também chove pouco, mas a vida é infinitamente mais fácil, ou seria menos difícil. A questão é que desde as décadas de 1970 e 80 muito pouca coisa mudou no sertão nordestino, claro que há lugares que melhoraram, mas no geral a vida segue mais ou menos a mesma. Em 2001, o Brasil ficou com olhos marejados ao ver no Jornal Nacional a série de reportagens de Marcelo Canellas entitulada Fome, a maioria simplesmente não conseguiu ficar indiferente depois de ver uma mãe alimentar os filhos com água e limão na falta de qualquer outra coisa. A série foi uma das mais premiadas, se não a mais premiada, no Brasil. Entre os premio está o Vladimir Herzog, no site é possível assistir a série. Dois anos depois, o reporter voltou aos mesmos lugares e mostrou que a vida daquelas pessoas continuava a mesma, o material foi ao ar como um Globo Repórter. Particularmente, quero acreditar que a vida dessas pessoas melhorou um pouco nesses sete, nove anos. Mas sei que ainda há gentes vivendo assim.
Pois, nesta mesma região, a água faz um estrago similar, a abundância de água deixa um rastro de destruição que depois de ver as imagens na internet e na TV, não ficam muito atrás do Tsunami em 2004 ou do furacão Katrina 2005. É possível dizer qual dos dois flagelos é pior, não sei, acho que não há como comparar. Nas últimas semanas as chuvas estão fazendo um grande estragado, deixando mortos, desabrigados e desalojados, nos estados de Pernambuco e Alagoas. São pessoas que perderam tudo o que não tinham, se salvaram por pura sorte e pela pericia de bombeiros que trabalham nas equipes de resgate. Em plena copa do mundo, o sofrimento dessas pessoas passa a segundo plano, quando o Brasil se veste de país de chuteiras. Mas, por outro lado, rapidamente, foi organizada a campanha #CopaSolidaria e os locais públicos onde estão sendo transmitidos os jogos da Copa do Mundo viraram postos de coleta. Também há outros locais para entrega de donativos, os Correios estão recebendo donativos, o SESI também.
Pois, nesta mesma região, a água faz um estrago similar, a abundância de água deixa um rastro de destruição que depois de ver as imagens na internet e na TV, não ficam muito atrás do Tsunami em 2004 ou do furacão Katrina 2005. É possível dizer qual dos dois flagelos é pior, não sei, acho que não há como comparar. Nas últimas semanas as chuvas estão fazendo um grande estragado, deixando mortos, desabrigados e desalojados, nos estados de Pernambuco e Alagoas. São pessoas que perderam tudo o que não tinham, se salvaram por pura sorte e pela pericia de bombeiros que trabalham nas equipes de resgate. Em plena copa do mundo, o sofrimento dessas pessoas passa a segundo plano, quando o Brasil se veste de país de chuteiras. Mas, por outro lado, rapidamente, foi organizada a campanha #CopaSolidaria e os locais públicos onde estão sendo transmitidos os jogos da Copa do Mundo viraram postos de coleta. Também há outros locais para entrega de donativos, os Correios estão recebendo donativos, o SESI também.
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