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terça-feira, 28 de julho de 2009

Uma companheira de viagem e uma velha conhecida

Uma coisa interessante neste voo foi a quantidade de pessoas conhecidas, não aquelas que você reconhece a fisionomia de alguma lugar, mas pessoas com quem você efetivamente tem algum tipo de história em comum. No mesmo horário saiam vários voos da TAP com destino ao Brasil, e as filas para o check in eram uma do lado da outra. Nem bem paramos nosso carrinho vejo um rosto familiar na fila cujo destino era o Rio de Janeiro, era a Thaís, cunhada da irmã #1. Um amor de pessoa que mora em Coimbra e que estava indo ao Rio para depois seguir viagem para BsAs, conversamos um bocado, convites mutuos foram trocados e que esperamos se concretizem. Depois foi a vez da fila do embarque, pouco a nossa frente, estava a mãe de um amigo e vizinha da minha cunhada. Pouco depois João foi localizado por um amigo dos tempos de colégio. A fila andou, entramos no avião, nos acomodamos e ... eis que ao meu lado sentou um rosto familiar, confesso que demorei um pouco para localizá-lo na minha memória, mas consegui. Em minha defesa quero dizer que não via essa pessoa há mais de 10 anos e que ela mudou um pouco o cabelo. Nossos olhares se cruzaram algumas vezes, naquele momento em que ambas as pessoas buscam na mente: "de onde diabos conheço essa pessoa?"
Nos cruzamos no corredor, ela foi mais curiosa do que eu:
- De onde eu te conheço?
- A senhora (ops) foi minha professora na faculdade?
- Qual?
- UFC
- Ah!
Eu voltei pro meu lugar, ela seguiu rumo ao banheiro.
Depois de um pedaço, voltamos a conversar e assim fizemos várias vezes ao longo da viagem sem filminho porque o equipamento tava com defeito. Uma conversa amena, de duas mulheres que hoje moram no exterior, que falaram sobre família, filhos, férias e o país onde moram de forma superficial e que se despediram de forma amável, com votos de boa estadia e a quase certeza de que um reencontro pode demorar muito.
Eu não gosto nada de ficar conversando com estranhos, vira bem dizer um interrogatório, eu apesar de muito curiosa não puxo conversa com estranhos com facilidade, mesmo que este estranho vá sentar do meu lado por horas a fio, muitas horas. Então, foi legal ter alguém que não era completamente estranho para conversar e passar o tempo e para ela parece ter sido também, já que o passageiro sentado realmente ao lado dela (nos estavamos separadas pelo corredor) era do tipo eu conto minha vida todinha para um estranho. Sabe o curioso? Ela era uma das professoras por quem eu tinha uma certa antipatia, pelo visto, o tempo e as circunstâncias mostraram que nem sempre é assim e no fundo temos bastante em comum. Não trocamos contatos, e-mails, nem coisas do genero, não é o nosso estilo.

Para Socorro e Eulália, minhas leitoras que também foram suas alunas, a professora em questão é a Olga.

3 comentários:

Alice Mânica disse...

Olga? Naquele breve ano que estudei na UFC, acho que também fui aluna dela...

Eulalia disse...

Vinda de Londres, é? Chiques vocês, hein?

Socorro Acioli disse...

Eu estava curiosíssima, ainda bem que você contou quem era. Mas eu não fui aluna dela...