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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Chile

A semana que passou aqui na Argentina foi de feriadão, afinal foram apenas dois dias úteis. Assim, carregamos o carro e rumamos ao Pacífico e a terras trans-andinas. Confesso que a ideia de passar mais de quatro horas com o Felipe no carro me preocupou um pouco, a estrada está em excelente estado, mas as paradas são distantes umas das outras e parar no escuro estava fora de cogitação. O outro problema era a fronteira, dependendo do dia e da hora é possível ficar quatro, cinco horas na fila esperando, se isso é chato para os adultos, imagina para as crianças. Assim escolhemos horários que não são de grande movimento e saímos de casa as quatro da matina, passamos na casa de amigos e seguimos as duas famílias rumo ao Chile, ainda estava escuro quando cruzamos a fronteira, demoramos uma hora para sair da Argentina e entrar no Chile, e já era dia quando enfrentamos os caracóis.



A estrada tanto do lado argentino quanto do lado chileno estão bem conservadas, a diferença é que do lado de lá as estradas são largas, duas, três faixas boa parte do caminho (em muitos trechos o limite de velocidade é de 120km/h), mas isso tem um preço: o dos pedágios, em média seis reais. O que falta mesmo são lugares para parar, xixi é no mato mesmo e no nosso caso, trocar fraldas (só as "toxicas") e amamentar no acostamento, mas de noite achamos melhor ter paciência, caprichar na pomada e torcer para que a água engane até o melhor momento de parar. A ida foi mais tranquila por que como saímos de madrugada Felipe saiu de casa dormindo, acordou uma vez num posto e depois já era dia e muito mais tranquila a parada. Já na volta... demorou 10 minutos para chegar um lugar onde parar, não foi fácil para ninguém.
Esta não foi a primeira vez que fizemos uma viagem de carro com criança, mas foi a primeira com um bebê e acho que deu tudo certo. Das viagens anteriores o maior aprendizado foi de que se seu filho enjoa, mesmo que tome remédio, nada de ver DVD, joguinhos de computador ou qualquer outra coisa do gênero. No caso do Felipe o pediatra orientou a não dar um remédio para enjoo e sim um para ele não vomitasse, só tomou na ida e pensando bem deveria ter dado na volta já que nas duas mamadas ele "golfou" coisa que não fazia tinha um tempo. Depois disso: sempre levar um rolo de papel higiênico, água fria, e pouca comida, a não ser que você sabia que pode demorar além da conta por exemplo numa fronteira, neste caso lembre-se de que algumas comidas vão ter que ir pro lixo por conta das regras fitossanitárias. Uma curiosidade: no Chile frango cozido só entra se for desossado. Por sinal o Chile é MUITO exigente quanto ao controle.

 Essa foi a fila que encontramos quando chegamos para fazer o controle de fronteira, demorou pouco mais de uma hora e meia para sairmos. Uma amiga contou depois que em dezembro chegou a ficar 7 horas esperando, a maior parte do tempo presa num túnel, com três crianças no carro sem poder sair nem pro banheiro e claro que o estoque de comida e água acabou. E como podem ver na foto no lugar não tem NADA.
Em breve nossa primeira parada no Chile, que na verdade foi dupla: Valparaíso e Viña del Mar.

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