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sexta-feira, 12 de junho de 2009

A arte de saber ouvir

Meu pai é disparado quem mais me manda e-mails, eu adoro. Não abro na hora que chegam, as vezes demora um pouco. Tem muita coisa que eu já recebi antes, de outras pessoas, por que seu Joaquim tem anotadinho o que manda para quem exatamente para não repetir.
Eis que outro dia, João e eu estavamos falando justamente da dificuladade que as vezes temos de simplesmente desabafar nos nossos blogs. Tem dias que simplesmente ficamos indignados demais para deixar pra lá, outras vezes é meio que um aviso para determinada coisa. A vida aqui em Cabo Verde não é fácil, mas também não é ruim e algumas vezes é muito boa, mas o ser humano gosta de reclamar, todo mundo gosta, sendo que quando escrevemos as palavras ficam marcadas à ferro e na internet um texto pode causar um bafafa danado anos (olha o exagero) depois da sua postagem inicial. Quando a gente reclama de que no mercado nos cobram o dobro por sermos brancos é com a mesma indignação que eu uma vez reclamei ao presidente da Associação dos Feirantes da Beira Mar, lá em Fortaleza, que muitos faziam o preço "pra turista" e que eu mesma já havia passado por isso. É a mesma coisa, mas parece que quando reclamos daqui estamos entrando em terreno de areia movediça.
E o que tem os e-mails do meu pai? ... SIM! Depois do almoço vou ver os e-mails, e lá está o texto do Rubem Alves, me parece, falando sobre a escutatória. E a verdade é que as muitas, muitas pessoas não sabem ouvir (ou ler) e se ofendem com entrelinhas que não existem e deixam de ver as coisas pelo que elas são. Todo mundo tem direto a uma opinião, mas poucos sabem colocar-se com educação. Então, sem mais delongas, eis o texto que recebi e que acho que muita gente deveria colar no lado do monitor e ler antes de sair por ai ofendendo as pessoas.

2 comentários:

Helga disse...

mas mas mas.. cadê o tal texto?

João Marcelo disse...

Ia perguntar a mesma coisa!