Eu mesma viajo desde os 9 meses de vida, que foi quando sai com minha mãe de Ceará (Brasil) para ser apresentada para meus avós em Mendoza (Argentina). Naquele tempo a viagem demorava um tantão. Saindo de Fortaleza eram umas 4 horas de voo até o Rio, ai ficamos algumas horas no aeroporto até embarcar para Buenos Aires, onde minha avó nos esperava. Pernoite por lá e no dia seguinte era seguir viagem até Mendoza, umas duas horas, depois uma hora de carro até a chácara dos meus avós. Dois anos depois a viagem foi feita comigo, com quase três anos, e minha irmã de um ano e meio, olha não deve ter sido fácil, mas minha mãe nunca deixou de repertir a experiência. Acho que com o tempo vamos pegando o jeito da coisa, e para isso nada melhor do que praticar, e como praticou minha mãe!!! Na hora de voltar meu pai se juntava ao grupo e ficava mais fácil, ou seria menos difícil?
Dentro desse espirito, nada mais natural do que sair de férias com meu filho junto. Posso um dia mudar de idéia, mas isso de ficar um mês fora e deixar os filhos com outra pessoa não faz muito sentido, mas essa sou eu. A primeira viagem do Guilherme foi aos 2 meses. Fomos de Brasília para Fortaleza para ele conhecer os avós e eu já perdi as contas de quantas vezes o pequeno já voou! Ao contrario de minha mãe poucas foram as vezes que viajei só com ele, normalmente o João vem junto. O que é um alívio!
Para mim quanto menores, mas fácil a viagem, ainda mais se mamam no peito. Quando crescem vão ficando mais despertos para o que acontece e a coisa vai ficando mais complicada, para os pais. Quando eles são pequeneninhos, até uns três meses, um brinquedinho basta, se mama, não precisa mamadeira, nem leite, nada. Uma muda de roupa e algumas fraldas e pronto. Trocar as fraldas é também bem mais fácil.
Viajando com crianças é preciso ter em mente que o ritmo é o delas e para evitar maiores contratempos temos que ser flexíveis. Na internet é possível encontrar uma série de roteiros nas maiores cidades do mundo para crianças, além de muitas dicas. A faixa etária do Guilherme é a mais complicada, na minha opinião. Se por um lado ele já deixa claro o que quer ou não fazer, por outro já não é tão fácil colocar no carrinho ou levar no colo na hora. Tem que saber parar e abrir mão de alguns programas e alterar alguns conceitos.
Em janeiro do ano passado passamos alguns dias na Argentina e foi muito bom. Optamos por fazer um city tour (que normalmente não fariamos) e deixamos de ir a um show de tango (que temos vontade de assistir um dia). Por outro lado conhecemos muitas praças e parquinhos. Fomos mais ao shopping do que gostariamos, mas lá tinha uma boa brinquedoteca e ele se distraia um pouco, funcionava como premio pelo bom comportamento ao longo do dia.
Na hora de escolher o hotel o melhor é pegar dicas com quem já esteve por lá, vale pesquisar pela internet. Em alguns lugares há hoteis que não aceitam crianças, por isso pergunte! Dependendo da idade das crianças um colchão no chão pode ser infinitamente melhor do que um berço e ficar num quarto com cama king size pode ser bem útil já que cabem com tranquilidade dois adultos e uma criança. Na hora de comer é bom ter sempre uma carta na manga, ou melhor, na bolsa. Faça uma vista a um supermercado ou loja de conveniência para ter caixas de suco, leite, biscoitos, frutas frescas e até mesmo um iogurte (sabia que tem uns que são pasteurizados e nem precisa de geladeira? Pois tem!) e paezinhos.
Depois do 11 de setembro ficou mais complicado levar a comida dos pequenos no avião, eu nunca tive problema com os potes de papinha, nem com o pó do leite, frutas, pão de queijos, queijo, esse tipo de coisa, mas tem gente que passou por maus bocados. Na maioria das vezes quem viaja com pequenos é visto com carinho pelos funcionários das cias aereas brasileiras. Mas regras são regras. Meu kit de sobrevivência no avião é composto pelo leite em pó, maça, pao de leite e queijo duro (tipo parmesão) cortado em cubos com passas ou uvas mesmo. As porções são pequenas, é pro Guilherme mesmo, não pra gente. Tem sempre papel e lápis de cor ou de cera, alguns carrinhos e brinquedinhos pequenos, tudo cabe na pequena mochila que ele mesmo carrega para vocês terem uma idéia. Ah! tem o DVD portátil e alguns filmes, sempre os favoritos e sempre uma novidade. Isso fora muda de roupa, fralda e lenços umedecidos. E tem o carrinho, sempre que eu não levo me arrependo, nem que seja para ele cochilar no aeroporto ou sentar quando cansou as pernas.
Como já tenho algumas milhas aereas com o Guilherme tenho uma boa idéia do limite dele dentro do avião (algo como 3 horas de cada vez se ele não dormir), sei que a classe executiva é um atrapalho por que ele pede para ficar coladinho em mim se quer dormir e como o braço da cadeira não levanta, acaba vindo pro colo. Sei que pode dar chabu, e ele passar o tempo todo reclamando, como pode simplesmente dormir todo o caminho, é sempre uma surpresa! Por isso viajo com remédio para enjoo e antitermico para ele.
Na hora de planejar férias em família o mais dificil é escolher o lugar, tem que caber no bolso e na disposição de todos. Para a primeira viagem recomendo algo não muito longe, não mais de 10 dias em hotel e de preferência na baixa estação, assim é mais tranquilo. Resorts são sempre interessantes, de regra eles tem uma série de serviços que facilitam a vida dos pais. Pode ser um resort de praia, de montanha, de águas termais, em fim o que agradar. Eu tento evitar lugares muito rusticos por mais de um fim de semana, não ter água, não ter energia, não ter banheiro privativo deixa quase todo mundo mais nervoso e com crianças é sempre importante estar com disposição e bem humorado.
Se o sonho da sua vida é ver um musical da broadway deixa para fazer isso quando eles estiverem maiores ou se tiver certeza que vai ter alguém para ficar com eles. Trilhas, caminhadas, rafting, só com maiores, mesmo que você tenha aquelas mochilas de carregar criança, não é fácil. Em climas extremos tem que estar preparado, a roupa adequada faz toda a diferença. Parques de diversão podem ser frustantes para os menores, já que para a maioria dos brinquedos é preciso ter mais de um metro de altura.
Mas e quando são férias, férias mesmo? Nada de parentes para visitar, cidades que você quer voltar ou conhecer antes de decidir uma grande mudança. Como escolher? Como eu escolheria? Não é fácil, mas a maioria dos destinos podem ser "kids friendly", mas nada de escolher aqueles pacotes 15 países em 10 dias, pelo-amor-dos-meus-gatinhos, se põe qualquer adulto a nocaute o entra e sai do onibus, imagina para uma criança. Férias com os pequenos são para conhecer um lugar, e não passar por ele. Planeje com tempo, ao longo do dia deixe espaços para descansar, voltar ao hotel ou simplesmente sentar e olhar o tempo passar em um parque e ver os pequenos correr por ai. Tenha sempre com você: água, alguns biscoitos (frutas secas, nozes) e algo que eles gostem muito, mas nada de coisas meladas. Nunca saia sem o carrinho, protetor solar e roupas extras (uma camiseta por filho já dá).
Dentro desse espirito, nada mais natural do que sair de férias com meu filho junto. Posso um dia mudar de idéia, mas isso de ficar um mês fora e deixar os filhos com outra pessoa não faz muito sentido, mas essa sou eu. A primeira viagem do Guilherme foi aos 2 meses. Fomos de Brasília para Fortaleza para ele conhecer os avós e eu já perdi as contas de quantas vezes o pequeno já voou! Ao contrario de minha mãe poucas foram as vezes que viajei só com ele, normalmente o João vem junto. O que é um alívio!
Para mim quanto menores, mas fácil a viagem, ainda mais se mamam no peito. Quando crescem vão ficando mais despertos para o que acontece e a coisa vai ficando mais complicada, para os pais. Quando eles são pequeneninhos, até uns três meses, um brinquedinho basta, se mama, não precisa mamadeira, nem leite, nada. Uma muda de roupa e algumas fraldas e pronto. Trocar as fraldas é também bem mais fácil.
Viajando com crianças é preciso ter em mente que o ritmo é o delas e para evitar maiores contratempos temos que ser flexíveis. Na internet é possível encontrar uma série de roteiros nas maiores cidades do mundo para crianças, além de muitas dicas. A faixa etária do Guilherme é a mais complicada, na minha opinião. Se por um lado ele já deixa claro o que quer ou não fazer, por outro já não é tão fácil colocar no carrinho ou levar no colo na hora. Tem que saber parar e abrir mão de alguns programas e alterar alguns conceitos.
Em janeiro do ano passado passamos alguns dias na Argentina e foi muito bom. Optamos por fazer um city tour (que normalmente não fariamos) e deixamos de ir a um show de tango (que temos vontade de assistir um dia). Por outro lado conhecemos muitas praças e parquinhos. Fomos mais ao shopping do que gostariamos, mas lá tinha uma boa brinquedoteca e ele se distraia um pouco, funcionava como premio pelo bom comportamento ao longo do dia.
Na hora de escolher o hotel o melhor é pegar dicas com quem já esteve por lá, vale pesquisar pela internet. Em alguns lugares há hoteis que não aceitam crianças, por isso pergunte! Dependendo da idade das crianças um colchão no chão pode ser infinitamente melhor do que um berço e ficar num quarto com cama king size pode ser bem útil já que cabem com tranquilidade dois adultos e uma criança. Na hora de comer é bom ter sempre uma carta na manga, ou melhor, na bolsa. Faça uma vista a um supermercado ou loja de conveniência para ter caixas de suco, leite, biscoitos, frutas frescas e até mesmo um iogurte (sabia que tem uns que são pasteurizados e nem precisa de geladeira? Pois tem!) e paezinhos.
Depois do 11 de setembro ficou mais complicado levar a comida dos pequenos no avião, eu nunca tive problema com os potes de papinha, nem com o pó do leite, frutas, pão de queijos, queijo, esse tipo de coisa, mas tem gente que passou por maus bocados. Na maioria das vezes quem viaja com pequenos é visto com carinho pelos funcionários das cias aereas brasileiras. Mas regras são regras. Meu kit de sobrevivência no avião é composto pelo leite em pó, maça, pao de leite e queijo duro (tipo parmesão) cortado em cubos com passas ou uvas mesmo. As porções são pequenas, é pro Guilherme mesmo, não pra gente. Tem sempre papel e lápis de cor ou de cera, alguns carrinhos e brinquedinhos pequenos, tudo cabe na pequena mochila que ele mesmo carrega para vocês terem uma idéia. Ah! tem o DVD portátil e alguns filmes, sempre os favoritos e sempre uma novidade. Isso fora muda de roupa, fralda e lenços umedecidos. E tem o carrinho, sempre que eu não levo me arrependo, nem que seja para ele cochilar no aeroporto ou sentar quando cansou as pernas.
Como já tenho algumas milhas aereas com o Guilherme tenho uma boa idéia do limite dele dentro do avião (algo como 3 horas de cada vez se ele não dormir), sei que a classe executiva é um atrapalho por que ele pede para ficar coladinho em mim se quer dormir e como o braço da cadeira não levanta, acaba vindo pro colo. Sei que pode dar chabu, e ele passar o tempo todo reclamando, como pode simplesmente dormir todo o caminho, é sempre uma surpresa! Por isso viajo com remédio para enjoo e antitermico para ele.
Na hora de planejar férias em família o mais dificil é escolher o lugar, tem que caber no bolso e na disposição de todos. Para a primeira viagem recomendo algo não muito longe, não mais de 10 dias em hotel e de preferência na baixa estação, assim é mais tranquilo. Resorts são sempre interessantes, de regra eles tem uma série de serviços que facilitam a vida dos pais. Pode ser um resort de praia, de montanha, de águas termais, em fim o que agradar. Eu tento evitar lugares muito rusticos por mais de um fim de semana, não ter água, não ter energia, não ter banheiro privativo deixa quase todo mundo mais nervoso e com crianças é sempre importante estar com disposição e bem humorado.
Se o sonho da sua vida é ver um musical da broadway deixa para fazer isso quando eles estiverem maiores ou se tiver certeza que vai ter alguém para ficar com eles. Trilhas, caminhadas, rafting, só com maiores, mesmo que você tenha aquelas mochilas de carregar criança, não é fácil. Em climas extremos tem que estar preparado, a roupa adequada faz toda a diferença. Parques de diversão podem ser frustantes para os menores, já que para a maioria dos brinquedos é preciso ter mais de um metro de altura.
Mas e quando são férias, férias mesmo? Nada de parentes para visitar, cidades que você quer voltar ou conhecer antes de decidir uma grande mudança. Como escolher? Como eu escolheria? Não é fácil, mas a maioria dos destinos podem ser "kids friendly", mas nada de escolher aqueles pacotes 15 países em 10 dias, pelo-amor-dos-meus-gatinhos, se põe qualquer adulto a nocaute o entra e sai do onibus, imagina para uma criança. Férias com os pequenos são para conhecer um lugar, e não passar por ele. Planeje com tempo, ao longo do dia deixe espaços para descansar, voltar ao hotel ou simplesmente sentar e olhar o tempo passar em um parque e ver os pequenos correr por ai. Tenha sempre com você: água, alguns biscoitos (frutas secas, nozes) e algo que eles gostem muito, mas nada de coisas meladas. Nunca saia sem o carrinho, protetor solar e roupas extras (uma camiseta por filho já dá).
4 comentários:
Adorei o post. Parece inspirado no blog de Vancouver. :D Inclusive a Flávia lá dá ótimas dicas de como viajar sozinha com filho pequeno, hehehe. É bem esta listagem mesmo (acho que já tou treinada pra carregar meus futuros, hehehe).
Ei, Guinle faz pose até pra dormir hein! :D E que pequeno ele na primeira viagema pra CE!! :) :) :)
Que logística, hein! Eu sei bem o que é viajar com os pais, a família toda dentro do carro indo visitar os avós no Maranhão, três dias de percurso, haja imaginação, paradas em postos de gasolinas suspeitíssimos, matula, brinquedo, música, tudo pra nos distrair.
As dicas estão ótimas! Cecília viaja desde 3 meses e ainda não pegamos nenhum vôo muuito longo, mas pior que isso são escalas - chatíssimas (pelo menos eu achei). Mas só comecei a viajar sozinha com ela quando ela tinha 1 ano e meio.
Concordo com vc Neda, nao imagino ferias longe da Carola e apesar do 'trabalho' a gente se adapta. Carola desde mt cedo viaja e na maioria das eu e ela. A primeira viagem foi aos 3 meses para o RJ, visitar o resto da familia e foi tranquilo. Com o passar dos anos as coisas vao ficando mais dificeis, se bem que para NY tb foi tranquilo, para gdes distancias recomendo sempre voo noturno. E olha, qto ao musical da Broadway vc podera ir com Joao e so deixar o Gui com a gente aqui em casa, oras! Bjs!
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