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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Reflexões de uma faxina

Outro dia, aproveitei para dar uma geral no armário do Guilherme, ver as roupas que já não cabem mais, as que já viram dias bem melhores, tirar as roupas de frio para abrir lugar para as de calor. Aproveitei para ver as roupas que ele ganhou de presente em tamanhos maiores, o que já pode usar e tal. Como o armário é grande estava tudo muito espalhado e agora preciso ir abrindo espaço para as coisas do Felipe, que em algum momento vai dividir o quarto com o irmão.
O trabalho em si foi fácil (difícil é quando chega a hora de arrumar os brinquedos, assunto para outro post) mas me peguei pensando na quantidade de roupa que o Guilherme tem. Mesmo separando as roupas por verão, meia estação e inverno, ainda assim cada subdivisão tem mais itens do que eu lembro ter tido na minha infância e acreditem, eu tinha mais do que suficiente. Roupas lindas se "perdem" depois serem usadas, uma, duas vezes, agora não mais, essas vão pra pilha "Guardar para Felipe."
Sim, eu sou daquelas pessoas que guardam as coisas, sempre fui. Com a nossa vida nômade são poucas as coisas, mas ainda assim guardo. Felipe hoje dorme no berço que foi do Guilherme, tudo bem que o berço também já foi caminha, mas há brinquedos e algumas roupas e hoje estão a postos para o Felipe. Guilherme acha o máximo ver o irmão com as coisas que foram dele. Se tivesse tido uma filha estaria muito feliz em vê-la com roupinhas que foram minhas, sim tenho guardadas poucas coisas que foram minhas quando era bebê.
Na família de minha mãe sempre foi assim, para muitos é algo bem "europeu", não sei, acho que é algo que vem de um tempo em que não havia essa necessidade tão grande de consumo, as famílias eram maiores, e as coisas iam passando de um para o outro. Em muitos lugares é assim, vejo meus amigos com filhos grandes, maiores que os meus, com os carrinhos de bebe guardados na garagem sempre a postos para quem precisar, o mesmo para roupas (principalmente as de inverno) ficam enquanto não incomodam, para os sobrinhos, os netos. São emprestadas, vão e voltam. Acho isso legal, é econômico, é ecológico.

6 comentários:

Ingrid Gomes disse...

Neda, super concordo contigo em relaçao a reaproveitar roupas, brinquedos, carrinhos!
As minhas já deixaram de existir faz tempo, tenho apenas o vestido e sapato do batizado, fora isso não tem mais nada, mas eu também tenho uns 18 primos que vieram depois de mim, então já viu, foi tudo muito bem aproveitado.
Em casa sempre fizemos assim, até hoje passa de um pra outro e dessa forma saimos todos ganhando.
Já lá na sogra, as roupas do namorido e do cunhado estão todas separadinhas por tamanho e cada vez que eu vou pra Hungria volto cheia de roupinhas pro Pok, a sogra fica com lágrima nos olhos cada vez que o ve com uma roupinha que foi dos seus meninos, meu bolso também agradece, me limito a comprar umas roupinhas de passeio e tals, afinal sou mãe e toda mãe adora comprar umas coisinhas bonitas né, mas a verdade é que 75% das roupas do Pok foram do pai e do tio dele hahaha.

As pessoas ficam por ai querendo salvar o planeta reciclando lixo, usando fraldas de pano, fazendo isso e aquilo, mas se esquecem que o consumo desenfreiado também é um problema pra natureza e o re-uso de carrinhos, roupas, brinquedos e tudo isso que faz parte do universo infantil é algo bem legal e que deveria ser praticado por todos. =)

Beijocas

Paloma Varón disse...

As roupas da Ciça eu até guardei, porque ela demoooora muito a perdê-las. Mas os móveis não deu, não tínhamos como trazer na mudança. Na verdade, a Ciça ainda usa o ex-berço como minicama (sim, até hoje). A cômoda que era dela está no meu quarto. Então, tivemos que comprar tudo novo para a Clarice, mas eu espero usar bastante também.
Gosto de reutilizar coisas em família ou entre amigos.
Beijos

Alice Mânica disse...

Eu acho que esse "reaproveitamento" das coisas é, no mínimo, uma atitude econômica e sustentável. Na minha família também é bem comum, cresci vendo berços, cadeirões, sapatos e vestidos sendo doados para os mais novos. Ninguém tinha vergonha de usar roupas ou objetos de "segunda mão". Meu vestido de 1ª eucaristia foi usado por mais 2 primas, uma prima da prima, e depois voltou pra mim, ainda novinho. Está guardado na casa da minha mãe, quem sabe um dia poderá ser usado por uma filha minha... quanto ao berço que foi da minha prima e de várias outras crianças da família, hoje fica na casa da minha tia e os filhos do meu primo dormem nele, 35 anos depois. Legal, né?!

Livia, mãe da Carol disse...

Eu não tenho hábito de guardar, a menos coisas muito significativas. Da Carol tenho guardado o vestido do batizado, o do primeiro Natal, a saída da maternidade, o primeiro sapatinho em couro e os brinquedinhos de bebê preferidos. Ah, a primeira sapatilha de ballet também! Já roupas do dia a dia, carrinhos, berços, não guardo. Em Bsb não tinha espaço e sempre pensei que aquilo esquecido no quartinho de empregada poderia ser útil para uma criança e assim fui me desfazendo das coisas, sem pena. E continuo assim. As roupas melhores da Carol separo para amigos que tem meninas mais novas que ela e as mais usadinhas vão para um abrigo aqui de NY. A mesma regra com os brinquedos. Acho legal a família que passa algo de geração em geração, mas não tudo. Eu mesma fui batizada com o mesmo mandrião que a minha bisavó usou e qdo Carol foi batizada minha avó mandou pra mim. Eu queria muito ter usado na Carol, mas infelizmente, não deu. Eu fui batizada com 20 dias e Carol com 4 meses!

Mariana - viciados em colo disse...

também sou destas: guardo tudo! fico feliz em dar, em emprestar, em receber dado, ou devolvido. alice teve muita coisa da prima. arthur teve coisa de alice e as coisas de arthur passam pra leo, meu sobrinho... pro filho da amiga... amo muito!
beijoca

Sofia Fonseca disse...

Karim e Salim ainda usam muita coisa que era do mano mais velho Guilherme :)

Algumas ainda chegaram ao Sorih e a Cata sempre manda de volta e segue para outra criança que precise.

Obrigada :)