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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O que as mudanças me ensinaram...

A minha primeira mudança eu não lembro, tinha um ano.
A segunda eu tenho uma vaga lembrança, tinha pouco mais de três anos e tenho flashes do dia em que chegamos a casa onde morei até os 28 anos. A partir daí lembro vividamente das mudanças, claro! De Fortaleza para Brasília foi uma loucura, foi por acaso, eu ia passar férias com o João e sondar o mercado, acabei arrumando um emprego e ficando, em um fim de semana arrumei tudo que pareceu mais importante e meu pai despachou. O resto ainda anda dando voltas pela casa dos meu pais, cada vez que vou pra lá arrumo um pouco. Da 104 para a 108 foi um caos, decidimos fazer nós mesmos, no nosso carro, depois do trabalho, madrugada a dentro, já nem lembro quantas viagens foram e no dia seguinte viagei a trabalho (nunca mais faço isso, nunca). A mudança para CV foi complicada, por uma série de acontecimentos e o mesmo a mudança pra cá. Parece que mudança tem inferno astral. Sair de CV foi ainda mais pancada. Com isso o que ficou:
- antes de começar a embalar as coisas dê saída para tudo que você não vai levar, lixo, doações, coisas vendidas (principalmente se forem pequenas). Se você mesmo for embalar as coisas no começo ainda temos cabeça para separar, mas no final acabamos jogando tudo numa caixa e identificando como "tralhas";
- tudo que você for precisar entre a saída de uma casa e a chegada na outra deve ser organizado e embalado (ou colocado em malas) devidamente identificado e separado para não se misturar com as outras coisas. Se você vai para um hotel leve tudo para lá ou deixe no carro, se for uma mudança de carro;
- se a empresa de mudança vai embalar tente acompanhar toda a equipe, peça ajuda aos amigos e faça marcas nas caixas com coisas importantes, tipo em que caixa está o brinquedo favorito dos filhos, a roupa de cama, pratos ou qualquer coisa que você acha que vai precisar logo que a mudança chegar, se possível identifique as caixas você mesmo. Livros infantis são livros e não brinquedos, não é por que na caixa tem três pares de sapato que deve ser identificada como sapatos;
- deixe bem claro que não é para misturar as coisas de um comodo para outro e fique de olho, da melhor maneira possível. Sempre no final vão ficar algumas coisas, que não couberam nas caixas, diga para deixar e no final diga o que pode ser mistura e identifique a caixa. O que é obvio para você pode não ser obvio para quem está embalando;
- lembre-se: o que as coisas custam e o valor que elas tem para você são duas coisas diferentes, faça questão que as coisas sejam embaladas de acordo com o que valem e não o que custam. Se possível embale você mesmo as coisas mais "preciosas" ou então fique colado no embalador;
- seja exigente, chato se for preciso, mas são aquelas coisas que ajudam a transformar qualquer casa ou apartamento em lar, para você e sua família;
- para mim, é melhor que nós mesmos tiremos as coisas das caixas, devagar. Mas nem sempre é possível, as vezes o seguro exige que a empresa desembale tudo. Aqui foi um desastre, se eu soubesse exatamente onde estavam as coisas declaradas teria sido muito mais fácil, ai que entra a importancia de você fazer marcações nas caixas;
- o primeiro comodo a ser arrumado deve ser o das crianças, elas vão adorar reencontrar suas coisas, vão se acomodar rapidamente e te deixar mais livre para arrumar o resto da casa;
- na medida do possível, limite as zonas de bagunça, tenha um lugar arrumado para poder descansar e levar uma vida o mais normal possível em meio ao caos da mudança;
- reserve um horario para trabalhar na mudança e depois relaxe, fique com os filhos, marido, bichos, vá passear.


6 comentários:

Lia disse...

Excelentes dicas. Mudanças são difíceis, imagine com crianças... Espero nunca mais me mudar :)

Paloma Varón disse...

Ótimas dicas! Euq ue já fiz umas 15 mudanças, faço muitas coisas que vc disse, mas é sempre bom sistematizar tudo. Utilidade pública total! Certamente virei aqui para reler quando nos mudarmos (ando tenho alergia desta palavra, aliás).
Beijos

Anônimo disse...

ótimas dicas, obrigada!
estou adorando o blog!
a gente por aqui resolveu ir sem nada e comprar tudo por lá (o deal que a empresa ofereceu era mais legal dessa forma).
acho que vai dar mais trabalho quando chegar lá (mas eu adoro uma Ikea :)
antes de vir embora da inglaterra também vendi tudo, acredita?
estou repetindo o mantra "desprendimento é o caminho, desprendimento é o caminho, desprendimento"
beijos!!

Houser disse...

Agora eu e Blenda estamos nos preparando para a nossa mudança. E a Blenda destesta mudanças...

Flavia disse...

Eu, já perdi as contas da quantidade de vezes que me mudei. Acho que até hoje a mais drastica, foi a 1ª com 15 anos, sair de Sampa com a familia para ir morar no interior da Bahia.
Ganhamos muita coisa, mas perdemos outras tantas, nessa mudança mudei muito e foi só a 1ª.
Depois tomei gosto pela coisa, e me mudei outra vez a SP, sozinha, depois Salvador, (lá fiz várias mudanças) e outra tão significativa quanto a primeira, mas muito mais facil, quando vim morar na Espanha.

Mas claro, nenhuma delas se compara ao mudar-se com filhos... Adorei as dicas! Afinal quando se expatriado, nunca se sabe quando pode ser a proxima mudança.


Beijos

Denise disse...

Neda! Apesar da minha mudança ser ínfima (32 caixas), uma coisa que aprendi e que funcionou bem em CV foi separar a mudança por "zonas": eu separei as roupas por categorias, os itens de cozinha entre plásticos, vidros e metais. E olha, isso me facilitou bastante a vida! Eu sei onde está cada coisa pela marcação da empresa pq separei tudo antes. Infelizmente eu poderia ter feito as tais doações antes, mas acabei não doando tudo que poderia ter doado. Essa fica para Buenos Aires. Boa sorte aí, por aqui falta terminar de lavar a louça e comprar cabides pra roupa. Depois, fim! :-)

Beijos! Denise