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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vendo o sol nascer quadrado

A verdade é que em poucos momentos da minha vida tive janelas sem grades ou redes de proteção, ou os dois ao mesmo tempo como era no último apê em Brasília. No apartamento da Antônio Sales, tinhamos umas grades de madeira, hoje em dia não sei se poderiam ser consideradas seguras, mas na época era o suficiente para manter dois "toddlers" longe das janelas e varanda. Mudamos para a casa e lá as grades estão nas janelas por um motivo diferente, segurança. Só as janelas que dão para um jardim interno é que não tem grades.
O primeiro apê em Brasília não tinha grades nem rede de segurança e foi assim que perdemos o Bandeiras, o irmão do biscoito, e foi por isso que no apartamento seguinte, que já tinha grades, também colocamos a rede de proteção por que os gatos passariam pela grade sem dificuldade. Quando Guilherme nasceu, as redes já estavam lá, mas pelos gatos.
Uma das nossas maiores preocupações quando nos mudamos para Cabo Verde era justamente a rede de proteção nas janelas que nos preocupava. As nossas vieram do Brasil e João que intalou, foi uma mão de obra e tanto, mas nem duvidamos que valeu a pena. Os gatos ficam seguros, Guilherme fica seguro, as outras crianças ficam seguras. Claro que aqui no condominio somos o povo estranho das redes e para a imensa maioria dos caboverdianos, as crianças tem que aprender a fica longe das janelas, não subir, não precisa da rede. Eu concordo que as crianças tem que aprender a não fazer isso, os adultos tem que aprender a não fazer isso com as crianças no colo também. Mas nada paga a tranquilidade de poder ficar sentada no sofá e seu filho na varanda brincando com um coleguinha e saber que cair do balcão eles não caem.
Como quase tudo, as redes tem validade, as nossas a empresa dá dois anos de garantia. Além disso é preciso ficar de olho se os ganchos (camarões como chama aqui) não estão oxidando, se a alvenaria não está rachando, se a malha de nylon de que é feita a rede não ressecou rápido demais. As redes não são uma coisa para toda a vida, não mesmo! É importante sempre ter isso em mente, se não as redes passam a ser uma armadilha.
Nos últimos dias o Karim, uma fofura de vizinho, tem vindo brincar com o Guilherme. A mãe, Sofia, também vem com o caçula e tem adorado a ideia da rede, da tranquilidade que é, ainda mais quando se tem dois e um deles está boa parte do dia pendurado no peito. Assim, em breve, não seremos mais o único apartamento com rede :)
Também já andei pesquisando se na Argentina tem as redes e descobri que sim. Dois sites! Um deles inclusive vende o Kit com manual de instalação para as cidades onde não tem representantes. Então, se em Mendoza não tiver, já temos de onde comprar. No processo descobri que em as redes podem ser chamadas em ingles de "protective cat net".

3 comentários:

Paloma Varón disse...

Já eu nunca tive rede. Sempre morei em apartamento e tive de aprender a não me pendurar na janela (minha irmã também). Mas, quando Cecília tinha 2 meses, providenciamos uma (tinha medo que alguém se debruçasse com ela no colo). Mesmo com a rede, não permito que ela se pendure, é claro (mas muita gente aqui em SP acha normal ver os filhos pendurados em redes). E eu já tinha pensado como seria esta questão em outros países. Ainda bem que vc está à frente e já está pesquisando. Suas dicas serão valiosas. Em BSB, é a primeira coisa que vou instalar (mudamos mês que vem já!). Beijos

Helga disse...

E os gatos, como sempre, levam a culpa. :P

"Claro que aqui no condominio somos o povo estranho das redes". Hahahah E o pior, agora andam aliciando os moradores do condô. Esses estrangeiros de hábitos estranhos..

Sofia Fonseca disse...

Neda lembras de um casal novo q vieram ca morar a cerca de 1 mes q tem uma filha q se chana Leonor? Ja colocaram antes de mim :p
O karim chega no mesmo dia q vcs.. So vou ter un dia de desasossego!