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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Turquia


Depois de uma pausa forçada nos relatos da viagem, volto agora para contar como foi a Turquia!
Istambul é uma cidade muito interessante e com certeza vale a pena um dia voltar lá e ficar mais tempo, mas Bodrum foi disparado meu destino favorito (Ok, quase empata com Rodes!) A primeira coisa que me chamou a atenção foi a tranquilidade do local, a cidade é um badalado destino turistico e estava cheia de gente, mas incrivelmente não havia barulho, sabe aquele burburinho, nada. Uma delícia! Foi lá que fomos apresentados a uma outra cultura de compras: a do assédio e da pechincha. Em Bodrum há um museu de arqueologia marinha que fica em um castelo construído no tempo das cruzadas. Lindo o lugar!



De lá seguimos viagem para Kuçadasi. Cidade interessante, mas já bem diferente de Bodrum. Os vendedores só faltam de puxar pra dentro das lojas e algumas lojas "convidam" os clientes com a garantia de que não serão assediados pelos vendedores. As placas de Genuine Fake foram minhas favoritas, muitas das falsificações são de qualidade e pode se pagar caro por uma "marca", eu acho um absurdo isso, mas tem gente que acha que vale a pena. O porto de Kuçadasi foi o único que paramos que tinha um shopping (a maioria não tinha nada além de lojas de lembrancinhas, alguns tinham freeshop) e não era pouca coisa não, tinha lojas de marca mesmo, Lacoste, Diesel, Longchamps e outras tantas.



O último trecho da viagem foi também o mais longo. Foram 24 horas navegando! O momento que poderia ser o mais interessante da viagem foi a travesseia pelo estreito de Dardanelos, mas no trecho mais estreito ainda estava escuro e eu nem tentei sair da cama pra ver. João se levantou para ver, mas diz não ter valido a pena. Uma próxima vez quem sabe não passamos por lá de dia! A chegada a Istambul muda completamente a perspectiva da coisa. De uma hora pra outra o navio deixa de ser o navio e passa a ser mais um navio, tentei contar quantos navios via e não deu ... olhei para o lado e avistei a Mesquita Azul e Santa Sofia, não tem erro.


Chegamos em pleno domingo e seria nossa única chance de visitar Santa Sofia já que ela está fechada as segundas. Então nossa missão era enfrentar uma multidão de turistas e eu estava disposta a isso, não me perdoria, mami não me perdoaria. Valeu a pena! O lugar impressiona visualmente, claro, é grande, bonito e tudo mais, mas para mim o que impressiona é pensar que o lugar tem quase 1500 anos, o que aquelas paredes não viram passar. Uma basília que já com 900 anos virou mesquita e depois foi transformada em museu, por Ataturk, em 1935. AO ser transformada em mesquita a basília sofreu grandes intervenções, além dos minaretes construídos na parte externa, na parte interna foram construídos um Mihrab e um Minbar para atender as necessidades dos muçulmanos. Para mim, a maior intervensão foi cobrir com emplastro grande parte dos mosaicos, já que o islã condena a representação da figura humana, antes disso os mosaicos sofreram saques durante as cruzadas.


Uma das coisas que eu não sabia que havia em Santa Sofia era o pilar de São Gregorio Taumaturgo. Lá tem um furo numa chapa de cobre e dizem que se você rodar o dedo e ele sair molhado você terá um milagre. Eu só descobri isso depois de ter colocado o dedo e não consigo lembrar se o dedo saiu seco ou molhado, eu diria umido (eca!) e eu só fui lá porque achei engraçado ;)


Depois de Santa Sofia fomos rumo a Mesquita Azul (que estava LOTADA por ser domingo e por estar perto da hora da principal oração do dia) eu levei um lenço para cobrir a cabeça e eles tem uns azuis por lá para as visitantes, mas a maioria ignora o pedido de cobrir a cabeça e muitas olham com cara de Dã quando na porta pedem para cobrir as pernas ou os ombros antes de entrar. Eu cobri a cabeça, Guilherme viu e quis imitar, pegamos um lenço para ele, ele não gostou muito, tirou o dele e puxou o meu :) A visita foi meio perturbada pela impaciencia do Guilherme, e a preocupação do João por que minha cabeça não estava coberta, mesmo sendo visível que era o pequeno que puxava o lenço. A mesquita é muito bonita, os mosaicos de Izmir, o tapete, mesmo ela tendo comemorado vários centenários parece novinha em folha ao lado de Santa Sofia. Os jardins da Mesquita merecem destaque, naquele domingo quente de primavera estavam lotados, no dia seguinte passamos em frente e parecia outro lugar.
Terminamos o dia visitando a Cisterna da Basílica, a maior cisterna construida no periodo bizantino, suas colunas vieram de templos pagãos romanos. Os otomanos só descobriram sua existencia cem anos depois de tomar Constantinopla quando perceberam os moradores tirarem água e peixes de seus porões.
Nosso último dia na cidade foi dedicado a visitar o Palácio de Topkapi. O harém é uma visita a parte e que vale a pena. Merece destaque a sala com relíquias religiosas e as salas dos tesouros. Depois rumamos para o Grande Bazar, tudo muito limpo e organizado e com cara de atração turistica. Verdade que vimos muito pouco do bazar, não cheguei nem na parte das especiarias. Mas já era hora de voltar para o navio, pegar as malas e rumar para o aeroporto. By the way, o aeroporto de Istambul fica já na Ásia e demora uma hora e pouco para chegar lá do centro da cidade.

2 comentários:

Helga disse...

Mas mas mas.. e as fotos?? :)

Helga disse...

Eeeeeeeei, fotinhas. :D