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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

De onde eu venho, para onde eu vou?


Primeiro Capítulo

No colégio meu nome, sobrenome e sotaque da minha mãe sempre despertaram curiosidade dos meus colegas e explicar tudo com poucas palavras não é nada fácil então eu adorava quando só perguntavam de onde minha mãe era! Fácil, Argentina, para os menos curiosos essa resposta já respondia as perguntas relativas ao nome, mas para os que como eu eram curiosos ...

O nome Neda meus pais tiraram dos créditos finais de um filme (será por isso que tenho vocação para trabalhar nos bastidores?) Amigos Iugoslavos informaram que a origem de meu nome era croata e assim acreditei até que vim morar em Brasília, quando o professor de árabe do marido informou que meu nome era persa, fui pesquisar e era mesmo ;P Então meu nome não tem qualquer relação com a nacionalidade de minha mãe.

O sobrenome, Blythman, é inglês. Ué, mas a mãe não é Argentina? SIM, mas meu avó materno era filho de inglês com prussiana. Prussi o que? A Prússia era um país que ficava entre a Alemanha e a Polônia e não existe desde a II Guerra Mundial e minha bisavó veio de lá, na verdade emigrou com a mãe viúva e a irmã para a Argentina. Desse lado da família não se sabe mais do que isso por que a minha tataravó casou de novo, o marido adotou as meninas e todo e qualquer registro do primeiro marido foi apagado. Já o lado inglês tem um que de irlandês, minha tataravó, (acho que daí vem o temperamento forte) e a família vem de uma cidade muito triste (minha mãe e minha tia foram lá e contam isso) o que é engraçado por que “blyth” quer dizer alegre.

Suficiente? A essa altura quem me conhece deve estar se perguntando e onde entra a Noruega nisso tudo? Bom, minha avó materna era filha de norueguesa com estadunidense (este filho de noruegueses, mas nasceu mesmo na terra do Tio Sam). Minha avó nasceu mesmo na Argentina, mas antes de completar 1 ano foi com a família para a Noruega e lá ficou até os 7 anos, quando a família voltou para a Argentina. Ela até hoje, com quase 92 anos, fala norueguês com perfeição. Voltou para lá duas vezes, uma na década de 60 quando o pai morreu e outra para os 80 anos da irmã mais velha, há 13 anos. Para não esquecer o idioma falava em norueguês com minha tia e minha mãe, foi assim que elas aprenderam a falar norueguês antes de aprender o espanhol.

Depois de tanta andança não é de se estranhar que na família da minha mãe é raro duas gerações morarem no mesmo estado, no mesmo país.

Eu poderia me estender muito indo mais além quando as origens da família da minha mãe, fica para outra oportunidade. No próximo capitulo falarei sobre o lado português da família. A história que começa com a vinda de quatro irmãos portugueses para o Brasil.

  • cento no centro da foto está o meu avô materno.

Um comentário:

Alice Mânica disse...

Muito legal esse registro da história da sua família. Engraçado que nunca me ocorreu de te fazer tantas perguntas, heheheh!

Beijos.